A premissa era genial: mostrar o passado do Padre Lancaster Merrin (Stellan Skarsgård), antes dele se tornar um exorcista, algo que foi bastante comentado no filme de 1973 (quando o personagem foi interpretado por Max von Sydow).
A nova história mostra o arqueólogo afastado da batina, tentando esquecer os horrores da Segunda Guerra Mundial ao liderar a escavação de uma improvável igreja bizantina no Quênia. Entretanto, com a descoberta de uma cripta ainda mais antiga que a edificação, uma força demoníaca - a mesma que possui a menininha Regan (Linda Blair) no original - é liberada, aparentemente encarnando em um garoto nativo sob os cuidados da bela médica Sarah (Izabella Scorupco). Em pouco tempo a loucura começa a tomar conta do vilarejo, criando um horror ainda pior do que o presenciado pelo padre no passado.
Apesar de toda a força da história, o resultado é medíocre. Em Exorcista: O início, o que conta são os sustos fáceis, os gritos e a sofrível computação gráfica. Que saudade do boneco de cabeça giratória!
Claro que nem tudo é imprestável no filme. O competente Skarsgård se esforça como Merrin, mas é totalmente apagado pela ruindade da encarnação do demônio nas cenas derradeiras. A maquiagem da criatura é evidente, malfeita e os cortes para o boneco 3D são tão gritantes e desnecessários que sugam toda a qualidade da atuação do ator. O que realmente salva é o lendário fotógrafo romano Vittorio Storaro que garante ao filme suas únicas qualidades reais - a paleta de cores e a iluminação. O restante, nem um pacto com o demônio salvaria.
Nota: 4
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