2010-06-05

Sequência de Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme

Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, Wall Street: Money Never Sleeps
A 63ª edição do Festival de Cannes parece engrenar de vez com a mais concorrida coletiva de imprensa até o momento. Após a primeira exibição pública de Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, o diretor Oliver Stone ao lado dos atores Shia LaBeouf, Michael Douglas, Josh Brolin, Carey Mulligan e Frank Lagella.

Exibida fora de competição, a continuação de Wall Street: Poder e Cobiça conta a história de um jovem investidor que busca vingança pelas circunstâncias suspeitas em que seu mentor foi à bancarrota. Em crise, ele questiona o sistema para qual trabalha. Neste período, Gordon Gekko sai da prisão para recuperar seu lugar em Wall Street. As suas vidas serão unidas por interesses em comum.

Grande parte das perguntas dirigidas a Oliver Stone foram sobre sua visão do capitalismo e a recente crise financeira dos Estados Unidos que afeta todo o mundo, cujos efeitos são sentidos na economia atual.

O diretor declarou que não sabe ao certo se o capitalismo funciona como sistema, mas que gostaria de uma profunda reforma. “Atualmente as únicas pessoas que ganham dinheiros são os CEOs [diretores executivos] e as empresas, alguma coisa não está certa.” Ele completou dizendo que estamos assistindo a um grande colapso globalizado.

Em relação à construção do personagem de Gordon Gekko em Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, disse que o personagem não mudou sua essência, ainda representa a busca desenfreada por dinheiro e poder, mas seu maior dilema neste filme é pessoal. Ele tem a opção de se redimir e conquistar novamente sua filha (personagem de Carrey Mulligan). Mas terá que decidir o que ele realmente quer.

Os atores concordam em coro que este filme é sobre escolhas morais. Cada um respondeu individualmente sobre como balanceram o lado monstruoso de seus papéis sem perder a humanidade.

Joshua Brolin, que interpreta o implacável Bretton James, disse que seu personagem é tão ambicioso e sem limites porque no atual mercado financeiro as regras não são suficientemente claras e muitas vezes contornáveis. Para Frank Langella, que interpreta o investidor veterano Lou Zabel, “as pessoas não mudaram, o jogo mudou. Se fosse um jovem começando neste caminho como Jake (Shia LaBeouf) provavelmente faria escolhas semelhantes.”

Sobre ter interpretado Gekko, um homem mau que no primeiro filme e que se tornou um íncone de sua geração, Michael Douglas disse que seu personagem não mudou. O caráter agressivo, sua hostilidade e forma de analisar o mundo são as mesmas. Seu maior conflito e desafio é como voltar ao mundo que ama, mas também recuperar o amor de sua filha, a única família que o resta.

A relação de Winnie e Gordon Gekko é cheia de mágoas. Carey Mulligan disse que Winnie pode ter uma moral elevada quanto ao dinheiro, mas é tão falível quanto os outros porque sua teimosia e ressentimentos são muito grande. No filme, há a afirmação de que a nova bolha econômica do mundo seria a das empresas de energia limpa. Oliver Stone conta que ele não tem como prever se é verdade, mas que é uma grande demanda do mercado para um novo crescimento. Sobre sua inspiração ao criar Gekko e sua relação com seu pai, um agente da Bolsa de Valores até a década de 70, o diretor revelou que a inspiração não é no pai, mas de histórias que ele contava sobre algumas pessoas.

Aos 65 anos, Michael Douglas foi questionado sobre bons papéis para atores de sua idade. Muito bem humorado, ele respondeu prontamente: “Obrigado por me lembrar da minha idade!”. Mas completou dizendo que nas produções de grandes estúdios bons papéis são mais difícil com o tempo, há coisas interessantes no cinema independente.

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