O cineasta Polanski é solto

O cineasta Roman Polanski (O Pianista, O Escritor Fantasma) é, a partir de hoje, um homem livre - na Suíça. O diretor cumpria prisão domiciliar no país desde setembro do ano passado, enquanto o judiciário suíço deliberava se iria atender o pedido de extradição da justiça dos EUA. A Suíça negou o pedido, alegando que as autoridades dos EUA se recusaram a fornecer informações confidenciais sobre o julgamento original de Polanski.

O diretor foi detido em Zurique devido a um caso pendente de 1977, quando o diretor foi acusado de estuprar uma menina de 13 anos. Na época, o cineasta se declarou culpado e foi preso durante 47 dias. No final de 1978, em liberdade sob fiança, Polanski fugiu para a Europa e nunca mais pisou no país. No período, tornou-se uma espécie de obsessão - registrada no documentário Roman Polanski: Wanted and Desired - do juiz e de promotores do Tribunal Superior de Los Angeles apanhá-lo.

Em 1997, um novo juiz assumiu o caso, pedindo a Polanski que fosse aos EUA e garantindo que as acusações seriam retiradas, contanto que a audiência fosse televisionada. O cineasta recusou o circo e seguiu pleiteando, com o auxílio de Samantha Geimer, a vítima, o fim do processo. A situação se agravou ainda mais no começo deste ano, quando o Tribunal rejeitou, definitivamente, o pedido dos advogados para suspender as acusações.

O cineasta polonês vive na França - que não tem acordo de extradição com os EUA - e estava em Zurique para receber um prêmio de honra pelo conjunto de sua obra.